O artigo discute a relação entre politização e autonomia profissional, tomando como ponto de partida a noção de "campo" de Bourdieu. No trabalho são desenvolvidos dois pontos-chave: o primeiro é que, segundo Bourdieu, a politização de uma disciplina não é sinônimo de autonomia, afirmação a partir da qual são analisadas as condições para uma "politização autonomizadora". O segundo ponto é que na história do Serviço Social latino-americano foram criadas as condições para uma maior autonomia, mas ainda não se conseguiu desenvolvê-las. Afirma-se que no Serviço Social ainda persiste o problema de que o conhecimento gerado insere a profissão no "mundo social" (segundo a expressão de Bourdieu), mas existe uma identificação imediata entre as leis e processos sociais (em sentido amplo: leis e processos políticos, culturais e econômicos) e profissionais. Este objetivo, de natureza teórica e metodológica, ainda deve ser tentado.
This article discusses the relationship between politicization and professional autonomy, using as a starting point Bourdieu's notion of "field". Two key issues are analyzed: the first is that according to Bourdieu, the politicization of a discipline is not synonymous with autonomy, an affirmation based on which is analyzed the conditions for an "autonomy producing politicization". The second point is that in the history of Latin American Social Work conditions have been generated for greater autonomy, but they have still not been developed. It maintains that a persisting problem in Social Work is that the knowledge generated inserts the profession in the "social world" (to use Bourdieu's concept) but there is an immediate identification between the social laws and processes (in a broad sense: laws and political, cultural and economic processes) and professional ones. This objective, of a methodological and theoretical nature, must still be attempted.
El artículo discute la relación entre politización y autonomía profesional, tomando como punto de partida la noción de "campo" de Bourdieu. En el trabajo se desarrollan dos puntos claves: el primero es que, según Bourdieu, la politización de una disciplina no es sinónimo de autonomía, afirmación a partir de la cual se analizan las condiciones para una "politización autonomizadora". El segundo punto es que en la historia del Trabajo Social latinoamericano se han generado las condiciones para una mayor autonomía, pero aún no se ha logrado desarrollarla. Se afirma que en el Trabajo Social aún persiste el problema de que el conocimiento generado inserta la profesión en el "mundo social" (según la expresión de Bourdieu), pero hay una identificación inmediata entre las leyes y procesos sociales (en sentido amplio: leyes y procesos políticos, culturales y económicos) y profesionales. Este objetivo, de naturaleza teórica y metodológica, aún debe ser acometido.